sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Ninguém pode te fazer sentir inferior sem o seu consentimento." (Eleanor Roosevelt)

Tenho pensado muito nessa frase do título. Parece que quando você resolve sair da sua zona de conforto, as pessoas tendem a te botar pra baixo. Mas por que elas fazem isso? Afinal, a escolha de encarar o mundo foi minha. Talvez seja só uma provação. Algo como "se ela não passar por nós, é porque não era forte o suficiente para ir até o fim", sabe? Mas eu vou até o fim! E antes que outra pessoa venha me dizer isso, não é por teimosia. Também não "perdi o foco" do motivo que me levou a ser au pair. Ainda quero estudar. Mas se não der para ser logo de cara, qual o problema em esperar? As pessoas vivem me dizendo que eu tenho apenas 22 anos, tenho uma vida toda pela frente, que ainda sou nova. Agora dizem que estou perdendo tempo. Dá para entender?

Nothing really matters, nothing really matters at all. When all your dreams are shattered, everything is beautiful! Nothing ever happens, they think we waste our lives but they're wrong: We're moving on! (Everybody Knows, McFLY)

Tem horas que eu fico com os nervos tinindo e tenho vontade de dar respostas bem legais. Algumas do tipo "pelo menos eu estou tentando evoluir, e você que vai continuar aqui, na sua vidinha de sempre?". Mas acho que não seria apropriado. O auge da vez foi ter escutado uma espécie de sermão de um cara que nem meu pai é. Fico maluca com isso. Mas passou. Agora falta apenas uma semana e nada vai me deter (muahahaha). Começa, na verdade, a correria para tudo. Tenho sete dias para:
- preparar minhas malas;
- me despedir dos meus amigos;
- me despediro dos amigos dos meus pais, que eu adoro;
- me despedir da minha família no interior de São Paulo;
- apertar meu cachorro o suficiente para ter certeza de que não morrerei de saudades;
Fora que preciso juntar todos os documentos, cartas e qualquer coisa útil que eu possa mostrar para o pessoal da imigração. Assim eles vão ver que eu tenho onde ficar! E por falar em imigração, muito se vê a respeito de visto para os Estados Unidos. Aquela tensão terrível de quem vai para a entrevista, o medo infinito de não conseguir. Fora as tentativas de parecer simpático quando o carinha do consulado nem te olha direito. Bem, honestamente, tudo o que eu escrevi agora fiquei sabendo através de relatos. Nunca tirei o visto americano. Consequentemente nunca písei no consulado e nem passei por algo do tipo. Mas do visto canadense eu posso falar!

Visto para o Canadá
O bom é que a pessoa não precisa pisar no consulado. O meu processo em 2007 e agora, em 2011, foi feito por uma agência de turismo, que também atua como despachante. Juntei todos os documentos (imposto de renda com recibo, extratos bancários, comprovante de ligação com o país), carta da família me convidando para ir para a casa deles, a scan da driver license da minha host mother, meu passaporte antigo (que venceu em abril desse ano e tinha o primeiro visto pro Canadá) e o novo, onde eles deveriam colocar o visto atual. Preenchi os formulários, coloquei tudo num envelope junto com o comprovante de pagamento da taxa (R$250) e pronto. O pessoal da agência ficou responsável por encaminhar para o consulado. Em três semanas eu recebi um e-mail avisando que o meu passaporte estava na agência. Fui lá e peguei. Pronto. Simples assim. Claro que existe a possibilidade de ser negado, mas se todos os documentos forem enviados direitinho, não tem como dar errado. E o bom de ter agência ajudando é que, se faltar algo, eles dão suporte.

Quando dei entrada no processo pela primeira vez, meu pai me ajudou. Agora fiz tudo sozinha. Preenchi o formulário (perguntaram se eu era terrorista. Quase coloquei que sim!), juntei todos os documentos. Me senti orgulhosa de mim mesma, rs. Mas o medo mesmo foi porque o pedido não era de estudante, como da primeira vez. Então achei que seria mais complicadinho, mas não foi. Ah sim, e um detalhe: você pode escolher entre o visto de uma ou de múltiplas entradas. É meio óbvia a diferença, né? No de uma, se você sair do Canadá, já era. Não entra mais. No de múltiplas você pode ir pros Estados Unidos, por exeplo, e voltar numa boa. Eu consegui, com muita sorte, o visto de múltiplas entradas válido até 2015. Segundo a moça da agência, mesmo que eu tenha pagado por esse tipo, nem sempre o consulado dá o de múltiplas entradas. Então eu corria o risco de ter o de uma só. O preço varia também. A taxa do visto (de turismo) de uma entrada é de R$125. Já o de múltiplas ou work permit sai por R$250! O bom é que eu não pago sedex! ;)


Comentários:

Mandy Anita

Consegui! A host mother me mandou uma scan da carteira de motorista dela, então existir eu sei que ela existe, rs. E ela também é meio famosinha por lá. Já joguei o nome dela no Google e tinha bastante informação sobre ela. Mas o friozinho na barriga é inevitável, rs.

Sabrina
É, eu to pensando em fazer um contrato também. Só para não ter problema, sabe? E vai passar as férias lá sim! Já fui para o Canadá uma vez e lá é uma delícia. No próximo post vou colocar algumas fotos e falar um pouquinho sobre o lugar. :D
Postado por Mariana Pereira às 20:46

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